No entanto, saborear um bom vinho, uma experiência encantadora, levanta algumas questões – como comprar, como estocar (afinal, no Rio de Janeiro, vivemos em um calor tremendo! Querem saber como? aqui), que vinho escolher. Esta é, com certeza, a mais difícil de responder sem conhecer o nosso gosto pessoal e também, quais são os tipos de vinho disponíveis.
Brancos, tintos, rosés... mas, e feitos com que uva(s)? Dúvida cruel! Creio que nosso paladar vai nos dando pistas, quanto ao sabor, ao aroma e à cor preferidos, como um verdadeiro juiz; mas, e quanto às uvas? Como conhecimento nunca é demais, que tal conhecer a origem de um vinho de qualidade?
Tudo começa com a fruta da espécie Vitis vinifera, o ponto em comum de todas as cepas (ou tipos, variedades) de uva do mundo, que, durante milênios, evoluiu e produziu uma enorme quantidade de variações. Além da sua grande variabilidade genética (ótima para criar novos tipos), ela igualmente se apropria das características do solo, dos nutrientes e do clima – está aberta então, a enorme possibilidade de adaptação e a criação de suas inúmeras variedades, encontradas pelo mundo, com nomes distintos em cada lugar (ou o mesmo nome, mas com características diversas, devido ao solo, ao cultivo e ao clima).
Fotos: caves do vinho do Porto, em Vila Nova de Gaia, Portugal – passeio imperdível (aqui)!
Para conseguir um vinho de qualidade singular, a videira é essencial, atentando sempre para a escolha da terra onde será cultivada, os nutrientes existentes (ou não) nesta terra, seu tempo de vida e seu desenvolvimento. Além disso, um vinho de qualidade também é conseguido por uma produção de ótimo nível, com técnicas especiais, assim como pela escolha das variedades (ou clones) que formarão o vinho.
Portanto, a qualidade de um bom vinho é resultado tanto de uma boa vinícola e de uma acertada seleção, quanto de excelentes uvas viníferas! E que uvas são estas? Aí vão algumas delas e seus respectivos países de origem*, para que os vinhos possam ser desfrutados nas viagens pelo mundo:
Cabernet Sauvignon: de origem do Médoc francês (terroir específico), tornou-se a variedade tinta mais cultivada do mundo, tendo intensidade de cor, estrutura, aroma e suavidade.
Chardonnay: variedade branca da região da Bourgogne, França, de excelente qualidade, leveza e toque aromático.
Gewürstraminer: cultivada na Alsácia, na Itália e na América do Sul, de aromas potentes com notas florais e frutadas.
Malbec: procedente da França, é rica em taninos, produz vinhos de rendimento moderado e de grande caráter, bons para o envelhecimento. Grande destaque dos vinhos argentinos.
Merlot: originária da França, espalhou-se pelo mundo e produz vinhos muito aromáticos, frescos e atraentes.
Nebbiolo: variedade de origem no Piemonte, Itália, produz vinhos como os espetaculares Barolo e Barbaresco, de excelente acidez e com muito tanino.
Pinot Noir: variedade tinta de origem na Bourgogne, França, de cultivo exigente e muito sensível às pragas, produz vinhos de cor menos intensa, ótimo paladar e muita sutileza olfativa.
Riesling: de origem na região do Reno, Alemanha, produz excelentes vinhos com aromas florais e frutados, evoluindo muito bem na garrafa.
Sauvignon Blanc: variedade branca de origem francesa, com aptidão peculiar para envelhecimento em barril.
Syrah: variedade tinta mediterrânea de maior qualidade e historicamente ligada à existência do vinho, produz vinhos com aromas muito especiais, dotados de corpo e estrutura, e aptos para o envelhecimento controlado. Adaptou-se muito bem na Austrália e na Nova Zelândia.
Tempranillo: variedade tinta que produz vinhos de grande sutileza, bem estruturados e notavelmente aromáticos, sendo a variedade principal de muitas denominações de origem (DO).
Vinho do Porto: leiam o post específico sobre ele aqui.
Agora que já sabem um pouco mais sobre as uvas, escolham um ótimo vinho e celebrem – saúde!
*Fonte: Vinhos – Coleção país a país, Folha de São Paulo/Editora Moderna, 2006
12 comentários:
Ai, Cláudia...Sabe que eu ainda estou na fase do refrigerante?? Meu marido reclama muito que não tomo um vinho com ele...Vou começar a aprender, prometo!
Um beijo,
Renata.
Gostei!
Saborear um bom vinho com os pais, é uma boa pedida para hoje!
Hoje degustei um tinto seco com meu pai!
Foi ótimo!
Beijo!
Vinho é tudo de bom... amoooooo!!! :-) Mas, nao sou uma grande conhecedora: só sei que de uns gosto, de outros nao, e pronto :-)
Beijos, Angie
Agradeço as dicas, pois também adoro vinho!!!
Um Gde Bj
Andréa
Eu não gostava muito de vinho até experimentar "o vinho", um bom vinho é uma delícia mesmo.
Bjobjo
Olá!!
Deu saudade!
Fui ao Chile mes passado e experimentei vinho das uvas Carménère, gostei muitooo, mais que da Cabernet Sauvignon, tem sabor bem suave, dizem os chilenos que não existe dessa uva na europa devido as pragas, e eu realmente não lembro de ter expeimentado por lá, mas vale a pena experimentar!!! ;)
Ah! Experimenta o Casillero del diablo carménère, acho que ele é mais fácil encontrar!!
Claudinha, me deu uma vontade de provar queijos e vinhos! Delicinha esse post! Tava vendo a fonte... trabalhei na ed. Moderna, sabia?!?!? rsrs
Para um instante de celebração brindemos com um belo vinho do Porto.
Cadinho RoCo
seu blog é um encanto sabia??? Quando venho aqui, parece que viajo mesmo.
Adoro!
Bjos!
Tbm amo um bom vinho, especialmente os mais secos como o cabernet....no entanto, com o calor daqui, nem sempre é a bebida mais indicada...no entanto, é sempre chic beber um bom vinho com um bom acompanhamento...ótimo para um bom bate-papo!!!
Mil beijos Cláudia!
O vinho até dispenso, mas essas tostas com esse queijinho... Hum!!!
Podes mandar para cá um pouquinho?
Beijinhos!!!
Eu não entendia de vinhos agora minha escolha é o Cabernet Sauvignon!!
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