...do outro lado do globo! Tão famosa quanto o Carnaval do Rio de Janeiro, a festa mais deslumbrante, no hemisfério norte, encontra-se na cidade sobre as águas (aqui): Veneza!!! Deixo então, um pouco desta atmosfera para vocês e desejo um Carnaval maravilhoso a todos!
PS. Respondendo a pergunta da Chris, estas imagens são fotos do meu acervo pessoal, tratadas com o Photoshop. Espero que vocês tenham gostado!
Não saberia precisar quando vi Picasso pela primeira vez. Porém, a grande exposição, em 1986, no Paço Imperial, RJ, foi o começo de tudo. Lá estavam reunidas algumas de suas maiores obras-primas. Lembro que fiquei extasiada ao entrar em uma pequena sala, toda pintada de preto, onde se viam as pinturas da “Minotauromania”. Uma dessas pinturas chamou minha atenção em especial: ela capturava o meu olhar, sem que eu pudesse resistir ao seu apelo. As pessoas que estavam comigo não entendiam como aquele quadro – “pequeno, em preto e branco, esquisito, estranho” – podia ter me conquistado. Por que aquele quadro? Estranho...
A partir de então, Picasso tornou-se meu artista predileto. Com isso, muitas vezes fui questionada, sobre ele e sua obra, por pessoas tentando “entendê-lo”. Sempre que isso acontece, me pergunto o porquê. Será preciso entender Picasso? Por que as pessoas não são indiferentes a ele? Picasso parece sempre inquietante. É difícil alguém não se sentir “mexido” frente a ele. Que mal-estar é esse que as pessoas tentam superar? Por que não é possível suportar o estranhamento frente à obra de Picasso? Serão precisas palavras para explicar? Normalmente, quem chega a formular a sua inquietação diz que ele põe “tudo fora do lugar”! E me perguntam: Como você gosta disso?
Outro momento marcante aconteceu, em 1998, no Museu Picasso, em Paris, quando uma conversa me chamou a atenção. Frente a um quadro, uma mulher apontava e como que “desenhava” no ar, enquanto descrevia para a outra: “Isso é um braço... aqui está o rosto...” Fiquei impressionada, sem compreender bem o motivo. Por que elas precisavam “achar” ali um braço, um rosto? Era preciso ver a realidade? Aqueles “pedaços” deviam ser recolocados para fazer sentido? Será que o desconforto daquelas que conversavam exprimia o que acontece frente aos quadros de Picasso? Eu, entretanto, não sinto esse desconforto – na verdade, me sinto “preenchida”.
Foto: Musée Picasso, Paris
Fotos: MoMA, NY
Em agosto de 2000, no MoMA, Nova York, tive a oportunidade de ver uma das maiores obras do século XX – “Les Demoiselles d'Avignon” – ao vivo. Minha reação foi impressionante: eu, literalmente, caí sentada em frente a ele! Precisei de um certo tempo para assimilá-lo! Foi uma reação muito forte... Mas, também não foi de desconforto ou estranhamento... Em geral, as pessoas se “desculpam” por não gostar dele, completando que preferem outros artistas – em geral, artistas cujas obras retratam objetos, pessoas, natureza, de forma mais “fidedigna”, isto é, onde “braços são braços e rostos são rostos”, ou seja, o que é, está lá, “reconhecível”.
Nesse incômodo que persiste – pois é o que fica de Picasso nas pessoas – está a minha grande dúvida: por que é justamente isso que mobiliza as pessoas? Também gostaria de entender por que outras pessoas, como eu, gostam disso.
E você o que acha?
Les Demoiselles d’Avignon – Picasso 1907: apesar de não ser propriamente uma obra cubista, ela inaugura o movimento que revolucionou a história da arte. Ao instaurar a arte moderna, é o ponto de início lógico deste movimento de vanguarda, tornando-se a ponte entre o passado e a modernidade, ao romper com o conceito de pintura como imitação.
Localizada na 101, Avenue des Champs Elysées, em Paris, a Flagship Store da Louis Vuitton é digna de uma visita para se ter ideia do que é o luxo contemporâneo (aqui), onde tudo é ostentatório e caríssimo, um verdadeiro templo de consumo do homem do nosso tempo (com muito dinheiro, claro!). Eu fui conhecer apenas por curiosidade, pois a loja é um espetáculo à parte. Já comprar... Ao visitá-la, é impossível não reparar a enorme escada rolante e o teto que simula uma abóbada (na verdade, tudo é um jogo de imagens, pois só existe meia-abóbada... show!).
O conglomerado de luxo LVMH (Moët Hennessy Louis Vuitton), presidido por Bernard Arnault, entrou recentemente para o mundo eco-sustentável. Como? Ao adquirir a empresa líder de reciclagem de plástico e papel da França, o Grupo Paprec, por cerca de 200 milhões de libras! O mercado fashion mundial então, se perguntou: o que esta compra sinaliza? Estaria Arnault apostando na onda eco-fashion ou é uma grande empreitada de negócios apenas? Afinal, a Paprec lucrou, em 2007, algo em torno de 195 milhões de libras...
Fotos de divulgação da reforma
Será que teremos, no futuro, bolsas Louis Vuitton recicladas???? Com certeza, seriam objetos de desejo instantâneos e causariam uma revolução no universo do luxo! Garanto que as filas na Champs Elysées seriam astronômicas... Duvidam?
***pePPer in Shopping: nesta seção, vocês encontram os posts já publicados no blog e relacionados às compras, podendo pesquisar lojas e endereços ao redor do globo! Sejam bem-vindas(os)!***
Em tempo de mix de estampas, nada como recorrer ao editorial da revista must-see de moda, a Vogue Itália, realizado pelo sensacional fotógrafo Steven Meisel. É difícil resistir... estampem-se!!!
E, depois de Darwin, agora é a minha vez: ofereço a todos vocês, amigos e visitantes, um pedaço do meu bolo de aniversário!
Aproveito a oportunidade e falo um pouco sobre mim... uma aquariana nata!
O conhecimento me atrai desde muito pequena... Sempre fui inquieta. E impermanente! Talvez por isso eu tenha uma trajetória de vida um pouco atípica: sou bióloga e psicóloga, com formação acadêmica na UFRJ e na UFF, tenho muitos anos de experiência como professora (de matemática, biologia, informática), fiz uma miríade de cursos sobre os mais diversos assuntos, amo o ballet clássico...
... e, agora, a moda! Na verdade, ela sempre esteve por perto, permeando toda a minha vida, sem que fosse uma profissão – era um prazer! Como sou movida pelo novo, decidi enveredar por (mais) este caminho...
... que somente tem me dado alegrias! Comecei, bem de mansinho, fazendo muuuitos cursos (não poderia ser diferente! risos), para tomar contato com o horizonte que se descortinava para mim. A cada novo curso, a certeza apenas aumentava: eu quero pensar, viver, conhecer moda!!! Como sempre fui uma verdadeira traça, não há livro que passe despercebido: comecei então, a montar a minha (ainda pequena) biblioteca-fashion, repleta de títulos variados, dos must-have aos últimos lançamentos. E as malas de viagem passaram a voltar repletas deles! Pois, para mim, moda é conhecimento: ela representa um tempo, uma cultura, uma escolha pessoal, uma forma de viver. Os livros têm sido meus grandes companheiros nesta jornada, ainda recente, mas eles já se transmutaram em...
... blogs! Comecei a visitar os blogs de moda e viagem, sempre tentando captar o que está por trás do tempo em que estou vivendo. Afinal de contas, a blogolândia é um fenômeno! Milhares de pessoas e seus escritos estão a apenas um clique, ao redor do mundo! Como viajar é outra enorme paixão, vi o útil se unir ao agradável...
... e comecei a blogar! Quem diria que eu viraria blogueira? Bem, talvez todo mundo que me conhece (risos), pois amo informação, amizade, computador, velocidade, texto, fotografia... Há quase nove meses, iniciei o pePPer inFashion, certa de que seria uma empreitada no mínimo divertida. Como psicanalista, o verbo é parte do meu universo mais próprio, portanto como não admirar um espaço em que eu poderia dar vazão aos meus pensamentos, às minhas ideias? Juntando-se a isto, eu ainda poderia colocar fotos! Ah, como poderia ser melhor que isto? Os amigos se encarregaram de melhorar e pediram...
... que eu falasse sobre as minhas viagens e Paris! Surgiu então, o Com saudade de Paris?, agora desativado, no qual falava sobre outra grande paixão (mais uma!), a Cidade-luz. Muitos já passaram por lá e perguntaram se eu morava em Paris: quem dera, eu apenas visito, com uma certa frequência (risos)... e, com isso, me vi editando os dois blogs, quase que diariamente! Mas, para minha grata surpresa, blogar foi o caminho mais curto para viver uma das experiências mais impressionantes da internet...
... a amizade da blogolândia! De um valor indescritível, estes amigos virtuais (?) transformaram o cotidiano de blogar em uma delícia! Nos seus inúmeros e delicados comentários, passei a encontrar o lastro para postar os meus textos e as minhas fotos. E a rede de amigos somente foi aumentando! Hoje, eles fazem parte do meu dia-a-dia, como se convivêssemos na vida real (eles estão em cada um dos links do meu blogroll)! Sem eles, blogar seria uma experiência solitária... mas, ao encontrar opiniões, dicas, elogios, colocações, críticas, de cada um deles, blogar passa a ser um ato coletivo! Quer uma vida mais feliz? Comece então, a blogar – eu recomendo!
*Originalmente postado no blog Contexto Fashion*
***Agradecimento: Gostaria de agradecer o carinho que recebi pelo meu aniversário e dizer que vocês me fizeram muuuuuuito feliz!!!
Bella, Celina, Angie, Bruna Melo (bem-vinda!), Liana, Marina, Sandra, Silvinha, Veronica, Mariah, Bruna, Chris, Graziele, Mônica, Fe e Tati (saudade!), Cy, M, Eneida, Cristina Uetake, Ana B., Janeisa, Danielle, Lúcia, Carol, Erika, Lauren, Cacá, Beatriz (o blog de Paris está desativado...), Ranuzia, Helena, Meire, Paula, Adriana, Karine, Renata, Valéria, Patricia, Ana Carolina, Chris (Chria) e Lily. Beijos, queridas amigas, e obrigada do fundo do coração!
***UPDATE: HAPPY VALENTINE'S DAY: Em homenagem aos namorados, do outro lado do globo, uma música que adoro do filme (fofo!) Letra e música, com Hugh Grant e Drew Barrymore. Enamorem-se!!!
Aniversários são datas importantes, certo? Alguns, verdadeiros marcos históricos... e, hoje, dia 12, é um desses dias: há 200 anos, nascia Charles Darwin, que mudaria a origem do homem! Por isso, em Londres, o sensacional Museu de História Natural é um passeio imperdível!
Com seu livro A Origem das Espécies, que completa 150 anos de publicação e é fruto da sua viagem de pesquisa a bordo do Beagle, Darwin instaura um novo tempo histórico e biológico para o homem.
Galileu, Darwin e Freud são os responsáveis pelas três feridas narcísicas: o homem vê a Terra sair do centro do universo, conhece sua criação e evolução por seleção natural e também, a força do inconsciente. Como bióloga e psicóloga, Darwin é um personagem ímpar para mim.
Darwin encontra-se enterrado na Abadia de Westminster (foto abaixo), junto aos membros da família real inglesa, em reconhecimento à sua contribuição inestimável à ciência e à história do homem.
Afinal, depois de Darwin, o homem nunca mais foi o mesmo...
Informações práticas: Natural History Museum Cromwell Road London SW7 5BD +44 (0) 20 7942 5000 Todos os dias de 10 às 17:50h Fechado de 24 a 26 de dezembro *A entrada é gratuita (como em todos os museus londrinos) – apenas as exposições temporárias são pagas* Como chegar: Estação de metrô (tube): South Kensington (linhas Piccadilly, Circle e District) Ônibus: C1, 14, 74 e 414 Aproveitem e visitem o Victoria & Albert Museum, que fica em frente ao Natural History Museum – confiram mais detalhes aqui e aqui.
