A Bauhaus (1919-1933), literalmente a casa da construção ou ainda a escola da arte de construir, foi criada pelo arquiteto alemão Walter Gropius, em 1919. Seu principal objetivo era utópico: a união de aprendizes, mestres, artistas e artesãos que realizariam juntos a “nova estrutura do futuro”, uma “catedral do futuro”, conseguida pelo artesanato e pelo ensino. Organizados em diferentes ateliers, dirigidos em conjunto por um mestre da forma e um artesão – tecelagem, pintura mural, grafismo, tipografia, móveis, vitral, metal e outros materiais –, a Bauhaus convocou os maiores artistas da época: Paul Klee para tecelagem e ensino dos movimentos da linha e da forma; Wassily Kandinsky analisava os efeitos cromáticos e o designer Marcel Breuer experimentava o emprego de tubos de aço. Depois de Weimar (Alemanha), sua primeira localização, em sua fase baseada em conceitos expressionistas, a Bauhaus mudou-se para Dessau, em 1925, que ia de encontro a uma orientação mais funcionalista/construtivista; em 1932, estabeleceu-se em Berlim, já com forte apelo arquitetônico, até seu fechamento no ano seguinte.
Já o atelier de mobiliário da Bauhaus nos deixou algumas peças emblemáticas e, por que não dizer, lendárias: a cadeira Wassily – de Marcel Breuer, em estrutura metálica tubular, e a Barcelona – em exposição no Pavilhão Mies van der Rohe, Barcelona/Espanha. Quanto ao mobiliário das fotos, ele está reunido no Centre Pompidou (leia mais aqui), o museu que integra arte, música, livros e design, na capital francesa, desde 1977, ilustrando a produção da fabulosa escola alemã. Aqui vão os detalhes sobre cada peça, com seus respectivos autores e materiais utilizados na produção:
Mesa B10, 1927-1928/Marcel Breuer (1902-1981) – estrutura em aço tubular
Cadeira Précurseur B5, 1926/Marcel Breuer – estrutura em aço tubular niquelado, assento em algodão
Cadeira MR 10, 1927/Mies van der Rohe (1886-1969)
Poltrona Lattenstuhl, 1922/Marcel Breuer – em ripas de madeira com tecido de crina de cavalo
Sou uma apaixonada pela Bauhaus por muitas razões: ela foi revolucionária e capaz de trazer inovações a muitas áreas: design, arquitetura, arte, mobiliário, tipografia... ufa! Seu lema “menos é mais” e o binômio forma-função são sinônimos da Escola, que, ao revolucionar os conceitos de arte e design no século XX, sinalizou a importância dos mestres e dos aprendizes, unidos em prol de um objetivo comum: a construção de uma sociedade baseada no ensino e na troca de saberes, que pode produzir toda a sorte de solução para as questões humanas. Demais, não?
(Fontes de consulta: Escola Bauhaus, no Centre Pompidou/Paris e Bauhaus archiv, de Magdalena Droste – Ed. Taschen)
11 comentários:
impressionante como essas cadeiras são super atuais!!!
taí, "menos é mais" não vale só para moda! : )
beijos, helena
olá! nossa, como as cadeiras são modernas...impressionate como tudo vai e vem, né?
Estou chegando na cidade maravilhosa essa madrugada! beijão
As cadeiras sao fantasticas mesmo!
ô saudade das aulas do Lorena, hein?
"menos é mais" sempre!!!
beijins
ACHEI ÓTIMO SEU POST E LINDAS ESTAS CADEIRAS...
BJOS
PAULA BAIÃO
www.contextofashion.blogspot.com
o aspecto "clean" sempre me encantou. Pra vc ver q sempre tivemos a tendencia da praticidade. Qualquer cômodo receberia essas belas cadeiras sem quebrar o ambiente. Beijos e otimo final de semana!
Excelente o post!
É impossível não reconhecer a genialidade Bauhaus. Beijos
muita culta, a senhorita!!!
o engraçado é que como a helena comentou, é verdade, as cadieras de 20 são super atuais!
ah, estou falando do seu blog lá no meu texto hoje!
bjos!
oi claudia gostei do post sobre mobiliario.
adoro a terçera cadeira (nao me lembro do designer).
falando sobre o Bahaus nao foi tambem uma escola de fotoagraphia?.
é Que estudei modernidade na photographia e acho que um novo movimento nasceu la no Bahaus. era um movimento que tratava da representaçao e da funçao (me referindo ao que vç escrevi, parece a mesma escola).
forte abraço da frança e um otimo sabado pra vç
queria fazer um gropius da bauhaus ahahahah , mas é incrível que mesmo com memphis, pós moderno, etc etc a bauhaus ainda se impõe como um pensamento vivo e não do passado
Claudia, cheguei atrasada nesse post, mas eu li com MUITA atenção. Adorei o post. Lembro que quando iniciei a faculdade de design gráfico eu devorei um livro inteirinho sobre a Bauhaus. Com o seu post eu dei uma de recordar é viver! hahahaha!
Less is more...tanto na moda, quanto no design e em algumas outras áreas da vida...
Beijos!
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