quinta-feira, 21 de julho de 2011

Moda no café

Ah, como adoro pensar a moda... e suas correlações com o mundo! No meu perfil, aqui no blog, falo das múltiplas inspirações e influências para a moda, devido a uma formação acadêmica que traz esta pluralidade no seu bojo (biologia, psicologia e moda!!!):

A informação de moda vem de todos os lugares! Devemos estar sempre atentos, pois a moda não existe sem inspiração e informação, conseguidas nos mais diversos mundos. Pode estar aqui, ali, em qualquer lugar... A minha bagagem, mesmo parecendo formada por assuntos tão díspares, é uma só: e ela me permite ter um olho mais aberto, e talvez mais treinado, para enxergar moda, imagem e estilo de uma maneira plural. O blog fala sobre moda, mas também de viagem, beleza, arte. Para mim, todos estes assuntos são muito interessantes, pois vejo a moda como comportamento, com inspiração na arte e na arquitetura. E nada como viajar e conhecer outros povos, outras culturas, outros costumes... e outras modas! Pode ser o tema do momento, uma reportagem que passou na TV, um livro que li, um filme que assisti... tudo, mas tudo mesmo, pode virar um post!

Quando soube do evento Comportamento do Consumo Contemporâneo na Moda, no Gut Café, fiquei logo interessada: moda e artes plásticas juntas, ou seja, criação!!!

O Gut Café dentro do Projeto Café com Talento recebe no próximo dia 20, quarta-feira,às 19h, dois talentos da cidade para um bate-papo sobre moda: a estilista e artista plástica Ana Castilhos e a jornalista e consultora de moda Evelyn Bonorino. Ambas se dedicam à pesquisa e divulgação das novidades do universo de criação artística e da moda. O tema da conversa será: Comportamento do Consumo Contemporâneo na Moda.

A palestra começou com a Evelyn Bonorino, falando sobre a globalização e as macrotendências, cujos três pilares, no século XXI, têm sido: escapismo, tecnologia e sustentabilidade. A moda não possui mais idade, grife ou logo para cerceá-la: o consumidor, neste novo perfil, vive em um grande universo, no qual é visível a quebra da ditadura da moda. Já não é possível falar em fidelização do cliente, pois a compra tornou-se uma experimentação, repleta de escolhas e que deve valorizar o entretenimento, tornando o ambiente da loja física tão atraente quanto a compra no mundo digital. Aonde está a diferença? No processo criativo!

Gancho para a entrada da Ana Castilhos, uma artista plástica cujo trabalho reflete tudo isso: é preciso um diferencial, um conceito, uma identidade da marca para que haja uma produção coerente. Não adianta o produto final ser lindo se ele não pertencer ao universo da marca ou do cliente final! Pois, no fundo, o que conta mesmo, é a conexão entre marca e produtos.

Ao consumidor, uma pergunta é vital: o que tem a minha cara? (algo que discuti no TCC da minha pós-graduação em moda aqui)

Hoje, em um mundo povoado por marcas ou grifes, onde está a nossa “marca pessoal”? Para Lacan, um incrível psicanalista, o homem é constituído na chamada fase ou estádio do espelho: através do olhar do outro, ele torna-se sujeito. A partir deste momento, temos uma imagem e um corpo. Mas, como nos vemos neste espelho, anos mais tarde? Quando nos apropriamos da “nossa história”? E o figurino, qual o papel dele nesta empreitada? Ele é fundamental na busca da nossa marca pessoal?


Foi uma happy hour inspiradora – parabéns a todos os envolvidos!

O evento, na era da tecnologia, apareceu em tempo real, no Instagram (aqui): confiram alguns shots!


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2 comentários:

Ju Calvelo disse...

Claudinha lindo o post, até Lacan veio participar, rsrsr...Ficou primoroso com essas fotos by Instagram! :)Bj Bj

Claudia Pimenta disse...

obrigada, ju! é sempre bom pensar sobre a moda... adoro! bjs!!!